Ordenados diáconos para servir a Igreja na Eucaristia, na Palavra e na caridade

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Na tarde do sábado, 9, pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, 8 seminaristas foram ordenados diáconos
Publicado em: 10/07/2022 - 09:30
Créditos: Redação

“Envia sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo que os fortaleça com os sete dons da vossa graça, a fim de exercerem com fidelidade o seu ministério”.

Em silêncio e ajoelhados no presbitério, oito jovens seminaristas ouviram este trecho da prece de ordenação diaconal, proferida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Catedral da Sé, no sábado, 9.

A prece e a imposição das mãos pelo Arcebispo Metropolitano constituíram a parte central do rito de ordenação dos agora Diáconos Seminaristas Jonathan Aparecido Lopes Gasques, 29, Pedro Paulo Pereira Funari, 33, João Henrique Funari Fouto, 29, e Felipe Batista da Silva – da Arquidiocese de São Paulo – e Celso Júlio da Silva, 30, João Paulo Jäger, 30, Sérgio Rafael Mourão da Silva, 30, e Flávio Lopes de Oliveira, 30, dos Legionários de Cristo, instituto religioso clerical de direito pontifício de abrangência internacional.

Diante da Catedral repleta de fiéis, o Cardeal Scherer afirmou, no começo da missa, ser esse um momento de “grande alegria, fé e gratidão a Deus pelas vocações”, mas, também de oração por novas vocações sacerdotais.

NO SERVIÇO DO ALTAR, DA PALAVRA E DA CARIDADE

Na homilia, o Arcebispo explicou que no início da Igreja, os apóstolos, movidos pelo Espírito Santo e desejosos de dedicar mais tempo à oração e à pregação da Palavra, escolheram sete homens de bem para ajudá-los no serviço diário, em especial no cuidado como os mais pobres. Estes são os diáconos.

“Os diáconos são constituídos para o serviço do altar, da Palavra e de caridade”, ressaltou Dom Odilo, apontando, ainda, que essas três dimensões do servir são indissociáveis na vida do diácono, o primeiro grau da ordem presbiteral.

“Sem o exercício da caridade, o exercício da Palavra se torna barulho vazio, como dizia Santo Agostinho. Sem a caridade, a Eucaristia perde o sentido. Assim, não se pode separar uma coisa de outra”, afirmou, pedindo aos fiéis que rezem constantemente pelos novos diáconos, os vocacionados e todos os ministros ordenados, “para que sejamos fiéis ao dom e a missão que nos foi dada, para que possamos servir bem ao povo de Deus e para a edificação da Igreja viva. Servir a Igreja na Eucaristia, na Palavra e na caridade”, destacou.

O RITO

O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, com a apresentação dos candidatos ao diaconato. Um padre formador do Seminário de Teologia Bom Pastor, da Arquidiocese de São Paulo, e outro dos Legionários de Cristo, chamaram nominalmente cada um dos candidatos, para que confirmassem a opção de se colocarem a serviço do povo de Deus.

Após a homilia, os eleitos para ordem diaconal assumiram publicamente perante o Arcebispo as exigências do ministério diaconal: ser consagrado ao serviço da Igreja; desempenhar, com humildade e amor, o ministério diaconal como colaborador da ordem sacerdotal; guardar o mistério da fé e proclamá-la por palavras e atos; guardar para sempre o celibato; perseverar e progredir no espírito de oração; e imitar, sempre na vida, o exemplo de Cristo. Além disso, cada um dos eleitos ao diaconato prometeu respeito e obediência ao Arcebispo e a seus sucessores.

Na sequência, com os diáconos prostrados no presbitério, ocorreu a Ladainha de todos os santos, após a qual se seguiu a imposição das mãos e a prece de ordenação feita pelo Arcebispo.

Depois, cada um dos novos diáconos vestiu a estola e dalmática, como sinal do serviço ministerial para o qual foram ordenados. As vestes foram levadas a cada um deles por um familiar ou pessoa próxima escolhida pelo ordenando, que teve a ajuda de um padre para vesti-la.

Já de volta ao presbitério, os 8 novos diáconos receberam do Arcebispo o livro dos Evangelhos e, na sequência, o abraço da paz, primeiro de Dom Odilo, e, depois, dos demais bispos e padres concelabrantes.

GRATIDÃO E MISSÃO

 

Na parte final da celebração, o Diácono Felipe leu uma mensagem de agradecimento aos formadores, familiares e ao Arcebispo Metropolitano, em nome dos novos ordenados da Arquidiocese, e o mesmo fez o Diácono Sérgio, pelos Legionários de Cristo.

Por fim, Dom Odilo entregou a cada um deles a cruz missionária, destacando a importância das missões para toda a Igreja, e deu a bênção final aos novos diáconos, a todo o povo de Deus presente na Catedral da Sé e aos seminaristas da Arquidiocese, que no domingo, 10, concluirão a Missão de Férias, iniciada no dia 3 em diferentes paróquias.

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