Divulgado relatório sobre a liberdade religiosa no mundo

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<p>Ajuda à Igreja que Sofre revela que “as violações mais graves” a este direito acontecem de forma predominante em “países muçulmanos”</p>
Publicado em: 04/11/2014 - 16:15
Créditos: Redação com Rádio Vaticano

O Relatório 2014 sobre a liberdade religiosa no mundo, da Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), revela que “as violações mais graves” a este direito acontecem de forma predominante em “países muçulmanos”. Em comunicado, a organização católica precisa que no período compreendido entre outubro de 2012 e julho deste ano, a liberdade religiosa “entrou numa fase de declínio grave” em âmbito global, tendo em conta a situação analisada em 196 países dos cinco continentes.

Outra conclusão neste estudo, que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre realiza de dois em dois anos, é que “a perseguição das minorias religiosas” e “o aumento de países com uma única confissão religiosa” estão provocando uma onda extremamente elevada de populações em fuga, o que tem contribuído para a “crise mundial de refugiados”.

O Relatório vai ser apresentado nesta terça-feira, no auditório da Assembleia da República, em Lisboa. O documento, que avalia e classifica o grau de liberdade religiosa em cada um dos países do Mundo, será apresentado por Michael Gulbenkian e contará ainda com a presença do arcebispo Dom Issam John Darwish, do Líbano.

“O prelado irá falar sobre a questão da liberdade religiosa no seu país, que enfrenta atualmente uma forte ameaça de colapso econômico e até político por ter recebido, nos últimos anos, milhares de refugiados provenientes da Síria e do Iraque”, adianta Ajuda à Igreja que Sofre.

A visita a Portugal do arcebispo libanês insere-se numa campanha de sensibilização da fundação católica para a violência extrema que se está a verificar contra os cristãos no Médio Oriente e que contou já com a presença em Portugal de Dom Gregório III, Patriarca da Síria.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofreé uma organização da Igreja Católica que depende diretamente da Santa Sé cuja missão é “ajudar os cristãos onde quer que eles se encontrem perseguidos, refugiados ou em necessidade”. Fundada no Natal de 1947, a organização tornou-se uma fundação pontifícia da Igreja Católica em 2012.