Com os jovens, Papa conclui viagem a Mianmar: coragem e alegria

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“Seja qual for a vocação, eu os exorto: sejam corajosos, sejam generosos e, sobretudo, sejam alegres!”, dirigiu-se o Papa aos jovens em oração na Catedral de Yangun
Publicado em: 30/11/2017 - 08:45
Créditos: Redação

AP/L'Osservatore Romano

O Papa dedicou aos jovens seu último compromisso em terras birmanesas.

Com a missa celebrada na Catedral Santa Maria, em Yangun, Francisco se despediu de Mianmar com uma mensagem de encorajamento à futura geração.

Com a capacidade para acolher 1.500 pessoas, inúmeros fiéis acompanharam a celebração do lado de fora da Catedral e até mesmo pelas ruas.

Comoventes cantos da tradição local animaram a cerimônia, vivida em espírito de recolhimento pelos jovens vestidos todos com trajes típicos. 

“Vocês são uma boa-nova, porque são sinais concretos da fé da Igreja em Jesus Cristo, que nos traz uma alegria e uma esperança que jamais terão fim”, disse o Papa em italiano, intercalando a homilia com a tradução em birmanês.

Mas é possível falar de boas-novas quando tanta injustiça, pobreza e miséria estende a sua sombra sobre nós e o nosso mundo?, questionou Francisco.

“Contudo gostaria que deste lugar partisse uma mensagem muito clara. Gostaria que as pessoas soubessem que vocês não têm medo de acreditar na boa-nova da misericórdia de Deus, porque essa boa-nova tem um nome e um rosto: Jesus Cristo.”

O Pontífice pediu que os jovens sejam mensageiros desta boa-nova a todos que precisam de suas orações, solidariedade e paixão pelos direitos humanos, pela justiça e pelo crescimento daquilo que Jesus dá: amor e paz.

Comentando a primeira Leitura, em que São Paulo formula perguntas sobre o anúncio da boa-nova, Francisco disse que como “avô” gostaria de apontar aos jovens o caminho para serem mensageiros de Cristo.

Antes de tudo, que falem com Deus na oração, compartilhando com Ele os medos e as preocupações, os sonhos e as esperanças.

“Não tenham medo de colocar perguntas que façam as pessoas a pensar! Gostaria de pedir para gritar, mas não com a voz; gostaria que gritassem com a vida, com o coração, de modo a ser sinais de esperança para quem está sozinho.”

Não se atirem para a frente com as próprias forças, acrescentou Francisco, mas sigam Cristo. “Seja qual for a vocação, eu os exorto: sejam corajosos, sejam generosos e, sobretudo, sejam alegres!”

O Papa confiou todos os jovens à intercessão de Maria e com a saudação em birmanês – Myanmar pyi ko Payarthakin Kaung gi pei pa sei (Deus abençoe Mianmar) – concluiu sob aplausos a sua homilia. 

A Catedral Santa Maria ficou pequena para acolher todos os que gostariam de participar da Missa com Francisco, de modo que ao saír da igreja o Papa foi acolhido com alegria contagiante destes jovens que o aguardavam.