Celebração marca a abertura da assembleia arquidiocesana do sínodo

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‘Hoje é a nossa vez de sermos luz de Cristo na cidade, sal e fermento dessa imensa massa humana’, disse o Arcebispo Metropolitano
Publicado em: 07/05/2022 - 20:15
Créditos: Redação

O hino do 1o sínodo arquidiocesano de São Paulo ecoou pela Catedral da Sé na tarde do sábado, 7, entoado por padres, religiosos e religiosas, bispos auxiliares e fiéis na celebração de abertura da assembleia sinodal arquidiocesana.

Foi a retomada das atividades presenciais do sínodo em âmbito arquidiocesano após a fase mais crítica da pandemia de COVID-19.

“Este é um momento importante que Deus nos dá para percorrer um ‘caminho de comunhão, conversão e renovação missionária’ em nossa Arquidiocese inteira”, ressaltou Dom Odilo ao saudar os fiéis.

O Arcebispo destacou que há muitas urgências na evangelização e na pastoral na Arquidiocese que precisam acompanhar os desafios do tempo atual. “O sínodo é uma ocasião para olharmos para a realidade religiosa, evangelizadora e pastoral da nossa Igreja na cidade de São Paulo. Queremos ouvir o que Deus nos diz sobre a vida e a missão da nossa Arquidiocese”, disse, exortando os fiéis a abrirem-se à voz do Espírito para ouvir o que Ele diz à Igreja.

SINAIS DA FÉ E SÍMBOLOS DO SÍNODO

A celebração foi demarcada por muitos sinais referentes à realização do 1o sínodo arquidiocesano e à fé dos cristãos, como o Círio Pascal e da Vela Sinodal; a entronização das bandeiras das regiões episcopais, vicariatos ambientais e da Arquidiocese; bem como de banners de santos e bem-aventurados que marcaram a evangelização na cidade de São Paulo, como São José de Anchieta, Santo Antonio de Sant’Anna Galvão, Santa Paulina, Beato Mariano de La Mata e a Beata Assunta Marchetti

Houve, ainda, a apresentação e acolhida do decreto de convocação da assembleia sinodal, do regulamento e do instrumento de trabalho; e a acolhida da Palavra de Deus e do Evangeliário.

ÂNIMO RENOVADO

Dom Odilo, na homilia, manifestou sua alegria pela realização da cerimônia da assembleia sinodal, após dois anos em que os trabalhos ficaram restritos em razão da pandemia de COVID-19.

Recordando a leitura do Evangelho (cf. Jo 21,1-19), em que os apóstolos se mostravam desanimados após a crucifixão de Jesus, mas recobraram a alegria no reencontro com o Ressuscitado, o Arcebispo lembrou que também na Igreja de hoje pode haver momentos de crise, mas que o desânimo não deve imperar.

“Jesus Ressuscitado chama os apóstolos novamente a estarem com Ele, a caminharem unidos para a missão, o fruto aparece logo. Igreja sinodal é o contrário da dispersão, da divisão e do desânimo. Na Igreja sinodal, experimenta-se novamente a força do Espírito Ressuscitado, que não abandona a Igreja, mas renova as suas forças na alegria”, ressaltou.

UMA LONGA TRAJETÓRIA DE FÉ

Dom Odilo recordou o itinerário do sínodo arquidiocesano, por ele convocado em 2017, e que teve etapas nas paróquias, em 2018, e nos vicariatos episcopais e ambientais, em 2019. Em 2020, aconteceria a assembleia sinodal arquidiocesana, mas a pandemia inviabilizou sua realização. No entanto, neste período, todos na Igreja puderam se voltar para a busca do essencial e aprenderam que não se vive a fé isoladamente. Além disso, também a Igreja em todo o mundo iniciou um itinerário sinodal, a partir da convocação do Papa Francisco.

O Arcebispo de São Paulo recordou os santos, beatos e religiosos e todo o povo de Deus que já deram seu testemunho de fé na Arquidiocese. “Graças a essa multidão anônima de discípulos missionários de Jesus Cristo, conhecidos por Deus, a Igreja em São Paulo foi edificada, a fé foi anunciada, testemunhada, celebrada e transmitida chegando até nós”, comentou.

“Hoje é a nossa vez de sermos luz de Cristo na cidade, sal e fermento dessa imensa massa humana, em que a força do Evangelho não pode faltar para humanizar a convivência e propor continuamente à cidade dos homens os grandes ideais e metas da ‘cidade de Deus’, a Jerusalém celeste”, enfatizou.

ABERTOS À AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Também durante a homilia, o Arcebispo comentou que o sínodo é um chamado à sincera e humilde escuta de Deus, em uma atitude de disponibilidade para acolher o que o Espírito Santo diz à Igreja em São Paulo.

“O que esperamos é que o sínodo possa desencadear processos que levem, com o passar do tempo, a produzir frutos de comunhão, conversão e renovação missionária. Temos confiança na ação do Espírito Santo, que é o verdadeiro animador e guia do sínodo e da vida eclesial”, comentou o Cardeal Scherer, enfatizando que o sínodo não produzirá efeitos imediatos e automáticos.

 

COMPROMISSO DE FÉ

 

Após a homilia, os fiéis rezaram a Ladainha de Todos os Santos. Depois, houve a renovação das promessas do Batismo e a profissão da fé católica, momento em que o Círio Pascal e o vela do sínodo arquidiocesano percorreram os corredores central do templo e os fiéis acenderam as velas que tinham nas mãos.

“Não se acende uma luz para escondê-la, mas que todos vejam suas obras e façam brilhar a luz de Cristo em todos os cantos da cidade e trabalhos pastorais. Tudo que diz respeito à Igreja de Cristo deve iluminar a cidade, ajudar a comunidade humana a ter o sabor do Evangelho”, comentou o Cardeal.

Os participantes da celebração também apresentaram ao Senhor preces para que o sínodo arquidiocesano seja iluminado e conduzido pelo Espírito Santo, “gerando comunhão, conversão e renovação missionária” em toda a  Arquidiocese e em cada comunidade paroquial.

Houve, ainda, a invocação ao Espírito Santo; a coleta, que foi destinada aos trabalhos caritativos da Missão Belém; a oração do Pai Nosso; além da entrega do sínodo à intercessão de Nossa Senhora; a oração ao Patrono da Arquidiocese e a bênção final de envio.

CONTINUIDADE DO SÍNODO

Todos os mais de 400 delegados do sínodo arquidiocesano estão convocados a participar da primeira sessão de trabalho da assembleia arquidiocesana do sínodo, que acontecerá em 4 de junho, pela manhã, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), na Vila Mariana.

Até o fim do ano, serão ao todo sete sessões da assembleia arquidiocesana do sínodo, uma vez por mês.

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