África: a contribuição das Igrejas na luta contra a AIDs

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Segundo professores, os resultados da atuacão de Igrejas e outras confissões religiosas representam um modelo de eficácia ao combate à doença
Publicado em: 21/10/2015 - 15:30
Créditos: Redação com Rádio Vaticano

As estruturas e dispensários das Igrejas e outras confissões religiosas na África são os melhores Centros para o rastreio e tratamento da AIDS nas mulheres grávidas que vivem em áreas remotas da parte  subsaariana do continente.

É o que emerge de um estudo realizado na Nigéria pela Lancet Global Health, uma organização não governamental americana com sede em Boston.

A colaboração das Igrejas contribui na redução do contágio

A pesquisa, publicada pelo jornal nigeriano Daily Trust, revela que, na Nigéria, as mulheres das zonas rurais têm uma probabilidade de passar por testes pré-natais contra a malária, a AIDS e sífilis onze vezes maior que em uma estrutura pública.

Modelo de resultados eficazes

Segundo os professores Benjamin Chi e Elizabeth Stringer da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, estes resultados representam um "modelo" concreto da maneira em que as igrejas e Centros de saúde podem colaborar para produzir resultados eficazes. Essa colaboração poderia contribuir significativamente para reduzir ou mesmo eliminar o vírus do HIV nas crianças da África subsaariana.

Os dois médicos - citados pela agência APIC – observaram, de fato, que, na região, mesmo onde não existem Centros de saúde acessíveis, a maioria das comunidades locais tem uma estrutura religiosa à qual recorrer para tratamentos contra a AIDS:

"Os resultados do estudo mostram que programas de prevenção e cura simples como a “Iniciativa para um Começo Saudável” (Healthy Beginning Intiative), promovida na Nigéria, contribuem  para diminuir entre as mulheres grávidas o risco de transmissão do vírus”.

90% das crianças com AIDS vivem na África subsariana

Embora haja disponibilidade de medicamentos baratos e eficazes para preveni-las, a transmissão mãe-filho continua a crescer, um terço das mulheres infectadas pela doença não inicia o tratamento durante a gravidez, com a consequência que todos os anos se registram  210 mil novos casos de infecções de crianças no mundo.

87% das mulheres grávidas infectadas com AIDS e 90% das crianças vivem na África subsaariana.