‘A Bíblia é a Palavra de vida eterna que nos alimenta, orienta e dá segurança’

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Publicado em: 29/09/2020 - 14:15
Créditos: Redação

A valorização da Bíblia, a atenção aos migrantes, a atuação dos cristãos na política e a finalidade do dízimo na Igreja foram alguns dos temas tratados pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, no programa “Diálogos de Fé”, na tarde do domingo, 27, transmitido pela rádio 9 de Julho e pelas mídias sociais da Arquidiocese.

Dom Odilo recordou que naquele domingo se celebrava o Dia Nacional da Bíblia, pela qual todo cristão deve ter consideração, pois ela é a “Palavra de vida eterna que nos alimenta, orienta e dá segurança em nossa vida”.

O Arcebispo fez menção ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, também comemorado nessa data, e que lembra aos cristãos o compromisso com a obra de misericórdia de acolher os que não têm abrigo, como testemunho concreto de fé.

Como faz em todo o programa, o Cardeal respondeu a dúvidas enviadas pelos internautas, uma delas a respeito da perseguição aos cristãos na China. Ele recordou que naquele país o regime comunista de governo impõe dificuldades à liberdade religiosa. “Devemos rezar muito para que os cristãos perseguidos perseverem e saibam que são sustentados pela nossa oração; e devemos rezar para que essa situação seja superada e na China haja liberdade religiosa e a prática e o testemunho da fé”, afirmou.

O cristão e a política

Um dos internautas perguntou ao Cardeal qual é a missão do cristão na política. Como cidadão, lembrou Dom Odilo, todo cristão tem o direito e o dever de participar da vida política, ou seja, daquilo que interessa ao bem comum, sendo que alguns o fazem ocupando cargos públicos.

“O cristão católico é um cidadão e deve se interessar pela vida política para contribuir para o melhor. Isso não significa que todo mundo deve ser candidato a alguma coisa. A vida política começa em casa, na educação, no aprendizado de diálogo com quem pensa diferente, na universidade, no trabalho, enfim, também se dá quando assumimos responsabilidades na comunidade”, pontuou.

O Arcebispo de São Paulo enfatizou, porém, que a Igreja recomenda aos clérigos que não tomem parte da política partidária, nem assumam cargos públicos. “Eles devem ser animadores da comunidade, ajudar a formar o povo segundo critérios políticos que estejam de acordo com as convicções cristãs, com a Doutrina Social da Igreja”, disse, afirmando, ainda, que bispos, padres e diáconos também podem ajudar no diálogo entre as diversas lideranças na sociedade. 

Dízimo

Dom Odilo também respondeu a uma pergunta se necessariamente o valor do dízimo ofertado pelo fiel deve ser correspondente a 10% da renda que ganha. “Na Igreja, nós orientamos que as pessoas deem conforme a generosidade do seu coração e na liberdade interior. Portanto, cada um, em consciência, dê o quanto tem condições de dar”, disse, destacando que dízimo têm três finalidades: a manutenção digna do culto a Deus; manter aqueles estão dedicados à Igreja, como os sacerdotes; e viabilizar as diversas obras de caridade realizadas pela Igreja.

(Colaborou: Flavio Rogério Lopes)