Confira a programação do oitavo dia de Assembleia dos Bispos

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Os bispos terão oportunidade de fazer destaques sobre o documento final “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo”
Publicado em: 13/04/2016 - 10:15
Créditos: Redação com CNBB

Durante a manhã desta quarta-feira, 13, oitavo dia da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), realiza-se a última sessão dedicada ao tema central da assembleia deste ano. Os bispos terão oportunidade de fazer destaques sobre o documento final, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. A partir da publicação posterior desse documento, as comunidades, paróquias e dioceses do Brasil terão um novo referencial da reflexão da Igreja sobre a identidade e a atuação dos leigos.

Textos litúrgicos

A Comissão para os Textos Litúrgicos da CNBB também tem uma última oportunidade na assembleia para apresentar seus destaques no plenário. Essa Comissão, no correr dos trabalhos, informou aos bispos sobre o que está sendo realizado no campo das traduções de textos para a liturgia da Igreja no Brasil.

Questão Indígena

Nos últimos 45 minutos da segunda sessão de trabalhos da manhã, os bispos acompanham uma exposição sobre a questão indígena no País. Egon Heck, do secretariado do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), organismo da CNBB, testemunha, em relação à questão indígena: “nos 44 anos de militância junto aos povos indígenas, da maioria das regiões do país, a convicção que em mim amadureceu é a de que de fato não existe espaço de sobrevivência e dignidade para os povos indígenas no atual modelo neoliberal. E isso em toda nossa Ameríndia e certamente no mundo inteiro. Os povos nativos estão empenhados em contribuir com sua sabedoria milenar e projetos concretos de sociedade, para salvar nossa casa comum, o planeta terra”.

Perseguição contra os cristãos na África

Na primeira sessão de trabalhos da parte da tarde, os bispos terão um informe trazido por um bispo africano sobre a situação de perseguição contra os cristãos na Nigéria e em outros países do continente africano. Naquele cenário destaca-se o movimento fundamentalista islâmico “Boko haram” que atua no norte da Nigéria e, em tese, combate os vícios da sociedade e, erroneamente, considera que os cristãos são os responsáveis por alguns desses males.

300 anos de Aparecida

Outro informe breve da primeira sessão da tarde será a celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Como todos sabem, a imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano de 1717 e, portanto, em 2017 a aparição da imagem completará 300 anos.

Jogos Olímpicos e Paralímpicos

O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, atendeu aos jornalistas na entrevista coletiva de ontem e antecipou o informe sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos que será dado aos bispos hoje no começo da última sessão de trabalhos. Ele disse que será montada na Vila Olímpica uma capela inter-religiosa, com a nomeação de um padre que ficará responsável para coordenar os trabalhos. “Os atletas do mundo inteiro terão lugar de culto, de celebração conforme a religião de cada um. Nós estamos com essa responsabilidade. A Igreja Católica está muito à vontade em ter esse trabalho devido ao nosso relacionamento não só com os irmãos cristãos, mas também com outras religiões”, declarou. Além disso, nas igrejas próximas aos locais onde vão acontecer os jogos estão previstas celebrações em outros idiomas como forma de acolher atletas e turistas.

Projeto Comunhão e Partilha

No final da última sessão, os bispos voltam a ter informações sobre o projeto “Comunhão e Partilha” da CNBB, que surgiu na assembleia geral de 2012 com a finalidade de criar e administrar um fundo financeiro para ajudar na formação dos futuros padres nas dioceses e prelazias. Dom Alfredo Shaffler, bispo de Parnaíba (PI), foi presidente da Comissão e continua membro da mesma. Ele diz que no ano que vem, 2017, quando o projeto completará cinco anos, os bispos vão fazer uma avaliação da iniciativa.