O que Deus espera dos jovens na JMJ?

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18/07/2016 - 13:45

Jovens de todo o mundo se preparam para estar com o Papa Francisco na próxima JMJ em Cracóvia, na Polônia, dos dias 27 a 31 de julho. A nossa Arquidiocese será representada por um animado grupo de cerca de 300 jovens. E os demais poderão acompanhar os eventos da Jornada pela TV e pela internet em suas casas e nos grupos de jovens das suas paróquias e comunidades.

A JMJ é um evento de repercussão mundial: os jovens vão ser o centro das atenções da imprensa, TV’s, jornais, revistas, rádios... Será uma grande manifestação de fé pelas ruas e praças: gente jovem e alegre, rezando, cantando por todos os lados.

O que Deus espera dos jovens? O que o Papa espera dos jovens?

Vale a pena recordar umas palavras do Papa Francisco pronunciadas em 4 de Agosto de 2013, dias depois da JMJ no Rio: “No domingo passado eu estava no Rio de Janeiro. Concluía-se a Santa Missa e a Jornada Mundial da Juventude. Acho que todos juntos temos que agradecer ao Senhor pelo grande dom que foi este evento para o Brasil, para a América Latina e para o mundo inteiro... Nunca devemos esquecer que as Jornadas Mundiais da Juventude não são ‘fogos de artifício’, momentos de entusiasmo, fins em si mesmos; são etapas de uma longo caminho, começado em 1985, por iniciativa do Papa João Paulo II. Ele confiou ao jovens a Cruz e disse: Ide, e eu irei convosco! E assim foi feito; e esta peregrinação dos jovens continuou com o Papa Bento XVI, e graças a Deus também eu pude viver esta maravilhosa etapa no Brasil... Lembremo-nos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz. E o Papa os orienta e os acompanha neste caminho de fé e de esperança. Gostaria de pedir-vos que rezem por mim para que os jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude possam traduzir essa experiência na sua jornada diária, no comportamentos de todos os dias; e que possam traduzi-lo também em escolhas importantes de vida, respondendo ao chamado pessoal do Senhor.”

É inegável que a JMJ mexe muito com as pessoas. Mas há um perigo de que seja apenas um momento de empolgação, de sentir fortes emoções, ao ver a multidão vibrante de jovens de todos os lugares, ouvir as palavras do Papa, cantar juntos, rezar em silêncio na vigília e nas Missas, etc.

Mas, como o Papa adverte, a Jornada não pode ser como fogos de artifício, que brilham na noite, com seu colorido durante uns minutos e depois resta apenas uma vareta queimada...Pedimos a Deus que a Jornada não seja assim.

Conhecemos muitas pessoas que, depois da JMJ, se transformaram, tomaram decisões sérias, encontraram a sua vocação, descobriram o que Deus esperava de suas vidas e hoje são sacerdotes, religiosos ou religiosas, ou leigos que encontraram a sua vocação de entrega Deus no meio do mundo, no matrimônio ou no celibato apostólico.

Queremos que esta JMJ seja “o encontro com Jesus vivo, em sua grande família que é a Igreja, e enche o coração de alegria, porque o preenche com a vida verdadeira, de um bem profundo, que não passa e não apodrece”, como o Papa dizia. Queremos que a JMJ seja um momento de alta temperatura espiritual que se transforme em movimento, em mudança, em crescimento. Não queremos que o calor se esfrie com o passar do tempo. Por isso, penso que o mais importante virá depois da JMJ. Como será a mudança nas nossas vidas, pelas decisões corajosas e definitivas.

Terminamos com umas palavras do Papa Francisco na Mensagem para a JMJ de Cracóvia: “Como é belo ver jovens que abraçam a vocação de se darem plenamente a Cristo e ao serviço da sua Igreja! Ponde-vos a pergunta a vós mesmos com ânimo puro e não tenhais medo daquilo que Deus vos pede! A partir do vosso «sim» à chamada do Senhor, tornar-vos-eis novas sementes de esperança na Igreja e na sociedade. Não esqueçais: a vontade de Deus é a nossa felicidade!”