Cardeal Scherer preside missa nos 370 anos do Convento São Francisco

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No domingo, 17, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu a missa solene.
Publicado em: 21/09/2017 - 15:15
Créditos: Edição 3167, do Jornal O SÃO PAULO, de 20 a 26 de setembro de 2017, p. 19.

Do lado de fora, a nova pintura da fachada do Convento e Santuário São Francisco, no Setor Pastoral Catedral, dava as boas-vindas às centenas de pessoas que ali compareceram para celebrar a festa da Impressão das Chagas de São Francisco e os 370 anos do Convento. Algo que só foi possível graças a inúmeros benfeitores e colaboradores que, desde o começo do ano, assumiram o compromisso dessa obra, trazendo novamente as cores originais do prédio.

Do lado de dentro, às 10h30, do domingo, 17, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu a missa solene. “Hoje, celebrando aqui, quero aproveitar para agradecer, em nome da Igreja em São Paulo e da Arquidiocese, à comunidade franciscana por toda a contribuição dada à vida e à missão da Igreja em São Paulo. E também quero incentivar e encorajar os freis que hoje estão aqui, que formam a comunidade do Convento e são os continuadores de uma obra que começou há muito tempo e produziu tantos e belos frutos, a continuarem a dar esse testemunho franciscano, tão rico e belo, para a cidade de São Paulo”, disse o Arcebispo no começo da missa.

Na homilia, Dom Odilo recordou o tempo de fundação do Convento e o pioneirismo dos franciscanos, que formam uma das mais antigas comunidades religiosas masculinas em São Paulo, ao lado dos jesuítas, beneditinos e carmelitas. Ele mencionou, ainda, os vários franciscanos que atuaram em São Paulo, entre eles o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Metropolitano entre 1970 e 1998, morto em dezembro de 2016, e o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito.

De acordo com Dom Odilo, as chagas de Cristo no corpo de Francisco eram sua identificação sempre mais profunda com o Cristo sofredor, obediente ao Pai, com Cristo expressão da máxima misericórdia de Deus pela humanidade, e foi a partir destes estigmas, segundo o Cardeal, que São Francisco pôde viver plenamente entregue à graça de Deus, “não mais pretendendo nada de si e de suas capacidades humanas. O que contava, agora, para ele, era ser todo de Cristo, ser todo de Deus, para assim ser todo dos irmãos, ser todo da humanidade, ser tudo da obra de Deus”.

A missa presidida pelo Arcebispo foi concelebrada pelos freis César Külkamp, Vigário Provincial; Alvaci Mendes da Luz, Pároco e Reitor do Santuário; Mário Tagliari, Guardião do Convento; Gustavo Medella, Definidor Provincial; Germano Guesser, Pároco da Paróquia SantoAntônio do Pari; e outros sacerdotes da Fraternidade.

Coube ao Frei César ler, após a comunhão, a mensagem do Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry: “Francisco de Assis, continuamente, nos interpela a reconstruir a Igreja e a sociedade diante dos tantos desafios e exigências da presença de vocês nesta comunidade e os convido, nestes 370 anos, a renovar suas forças na missão que o Senhor lhes confiou. O trabalho é árduo e os desafios são muitos, contudo,  é preciso recomeçar sempre. Recomeçar porque até agora pouco ou nada fizemos, nos recorda o Seráfico Pai”, consta na mensagem.

Rafael Faria

Crédito da foto: PASCOM / Paróquia São Francisco de Assis