As festas ‘juninas’ e os santos...

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04/07/2018 - 11:15

No mês de junho e julho, celebramos em todo o Brasil atos de fé, piedade e festas “juninas”, sob a proteção de grandes luminares da fé: São Pedro, São Paulo, São João Batista, Santo Antônio, São Luís Gonzaga.... Esse modo de expressar a fé e celebrar a piedade reflete uma sede de Deus que somente os pobres e simples de coração podem conhecer (cf. EN 48).

A vida dos santos são A vida dos santos são lugares privilegiados de encontro com Jesus Cristo. Seu testemunho se mantém vigente e seus ensinamentos inspiram o ser e a ação das comunidades e das famílias. Recordamos São Pedro, o Apóstolo, a quem Jesus confiou a missão de confirmar a fé de seus irmãos (cf. Lc 22,31-32); essa festa nos ajuda a estreitar o vínculo de comunhão com o Papa, seu sucessor, e a buscar em Jesus as palavras de vida eterna. Celebramos São Paulo, o evangelizador incansável; ele nos indica o caminho da audácia missionária e a vontade de se aproximar de cada nova realidade cultural com a Boa Nova da salvação (cf. Documento de Aparecida, 273). 

Santo Antônio nos recorda o Evangelho da Família, a alegria de trabalhar para constituir uma família santa, segundo a vontade de Deus. São João Batista continua a nos dizer que sem uma autêntica conversão humana, Deus não pode vir até nós. Podemos avançar para falar dos santos esposos, pais de São João Batista: Zacarias e Izabel. Passam quase despercebidos, mas é uma história de uma família que caminha à luz da fé. 

Izabel e Zacarias pediram muitas vezes a Deus um filho (Lc 1,13). Os anos passaram, a idade foi chegando, e parecia que a realização desse sonho se tornava cada vez mais distante e difícil. A fé os amparou durante todos estes anos de espera. A falta do filho, tão desejado e sonhado, não os levou ao desalento. A experiência da impotência humana diante dos grandes desafios da vida e da família não os deprimiu. Eles se confiaram às mãos de Deus em quem está a recompensa. Eles permaneceram irrepreensíveis aos olhos de Deus, que os acalmou e iluminou (cf. Casarin, 914).

Os santos e santas são peritos na fé, peritos em Deus, peritos naquela esperança que vem do coração de Jesus (cf. Papa Francisco). Continuam a nos ensinar que a vida religiosa, se a vivermos com vigor interior, ajuda-nos a enfrentar as provações da vida ou, se for o caso, a vivê-las sem perder a esperança. É disto que o mundo tem necessidade, em todos os tempos. 
 

Dom Sergio de Deus Borges
Bispo Auxiliar sa Arquidiocese
na Região Episcopal Santana