Seminaristas em missão percorrem hospitais e comunidades

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Experiência foi gratificante na verificação da realidade paroquial e nas visitas porta a porta
Publicado em: 13/07/2016 - 10:30
Créditos: Diácono Francisco Gonçalves com colaboração de fotos e textos de Frei Guilherme Anselmo e Luciano Louzan

Cinco seminaristas da Arquidiocese de São Paulo (Lucas Antonio Silva Martinez, José Edson Santana Barreto, Alan Santos Leite, Caio Ruan Carvalho Ferreira e Eduardo Augusto de Andrade), doaram-se em missão, entre os dias 3 e 9, na comunidade hospitalar do Hospital Geriátrico e de Convalescentes Dom Pedro II, no Jaçanã. Foram acolhidos no convento dos frades inacianos e dedicaram-se principalmente à visita às pessoas que ali residem décadas, carregando o peso da idade, do abandono familiar, das doenças e deficiências, mas carregando também sorrisos de esperança e alegria

“Os seminaristas foram mais ajudados do que ajudaram. Os missionários puderam ver de perto os limites da vida humana, a dor e o sofrimento, intrínsecos à experiência da vida. Puderam levar conforto e oração. Ouviram, cantaram, rezaram, viveram um capítulo importante em seu caminho de cristãos e vocacionados ao serviço. Também puderam encontrar-se com os funcionários da casa e conviver com eles nas refeições. Celebraram no altar o que viviam nos corredores: a Palavra viva e o pão repartido. Conheceram de viva voz o testemunho histórico de personagens importantes na história da Santa Casa e dessa unidade em específico. Rezemos para que as sementes plantadas floresçam e dêem frutos cem por um, a favor de uma comunidade sempre mais carinhosa e acolhedora, de pastores com cheiro de ovelha!”, disse Frei Guilherme Anselmo, capelão do hospital.

Por outro o lado, entre os dias 2 a 10, os seminaristas Paulo André (Seminário Propedêutico), André Maia (1º ano de filosofia), Álvaro Gonçalves e Luciano Louzan (Teologia) estiveram em missão na Paróquia Santa Rosa de Lima, onde foram acolhidos pelo pároco, Padre Roberto Lacerda, e comunidade. Lá, visitaram enfermos e benzeram casas dos paroquianos.

Os seminaristas puderam verificar a realidade da paróquia, que é formada por muitos prédios e pouco número de casas, e dentro de uma região com poucos jovens. No entanto, a experiência foi muito marcante para todos nas visitas missionárias feitas porta a porta, embora muitas vezes enfrentassem dificuldades pelo receio das pessoas em acolherem devido à violência que marca a sociedade atual.

“De maneira geral a missão foi muito produtiva, as pessoas ficaram muito felizes com as visitas, e a paróquia como num todo nos acolheu muito bem. Espero que com as visitas a paróquia tenha ganhado um novo ânimo e possa ser uma paróquia missionária que saia ao encontro do outro e esteja em estado permanente de missão e possa crescer sempre mais”, testemunhou o seminarista Louzan.   

"O território paroquial é composto por quase 85% de apartamentos, ou seja, um local bem edificado criado na década de 60 para os funcionários públicos. Nesses dias, com o início da santa missa, logo eles saíam em missão acompanhados e outros sozinhos, iam para as portas com seus interfones etc. Apresentavam- se: 'Somos seminaristas da paróquia Santa Rosa, estamos realizando missão, gostaria de receber uma oração,a benção na casa ou para o doente?'. Algumas justificativas para não receber continham muita criatividade, porém sempre algumas portas abriram, pois até espiritas e evangélicos aceitaram a visita. A presença dos seminaristas com a realização da missão vem no momento em que estamos com o trabalho de pessoas na comunidade paroquial para o despertar do olhar da igreja em saída como nos pede o Papa. Portanto aproximar, olhar e cuidar faz parte da vivência missionária de todos os batizados, que procuram se fazer próximo das pessoas", observou Padre Roberto Lacerda, pároco da Paróquia Santa Rosa de Lima..