No domingo, 30 de setembro, Dom Sergio de Deus Borges, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, presidiu missa no ginásio do Colégio Salesiano Santa Teresinha, na zona Norte de São Paulo, com a participação de mais de 2,5 mil Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão atuantes nas paróquias da Região. Na ocasião, os ministros renovaram seus compromissos e tiveram seu mandato conferido para o período de dois anos.
Na homilia, Dom Sergio, fazendo referência à primeira leitura, recordou que Moisés “era o profeta por excelência e sozinho tinha dificuldades na difícil tarefa de animar o povo de Deus peregrino no deserto. Por inspiração de Deus, Moisés escolhe 70 anciãos, pessoas que já tinham responsabilidade no meio do povo para o auxiliar na missão. Os párocos de 66 paróquias da Região Santana escolheram vocês, caríssimos filhos e filhas, para partilhar do seu ministério, de sua missão como ministros do culto, anunciadores da Palavra e testemunhas da caridade na visita aos doentes e aos idosos”.
O Bispo também alertou os Ministros Extraordinários sobre o cuidado que se deve ter para evitar escândalos. Segundo Dom Sergio, “grande escândalo é para a Igreja, Ministros da Comunhão Eucarística que vivem desiludidos com a realidade, com a Igreja ou consigo mesmos, vivem constantemente tentados a criar intrigas e fofoca no meio da comunidade, a apegar-se a uma tristeza melosa, e, sem esperança, que se apodera do coração como o mais precioso elixir do demônio. As intrigas nos roubam a alegria da evangelização”.
Para Herminia Witalia da Conceição Andrade Rosolen, paroquiana da Igreja Sant’Ana, o ministério significa “um privilégio, por termos a oportunidade de levar Jesus vivo para as pessoas que estão participando da missa ou as que estão doentes e não podem sair de casa. É um grande carinho de Deus, por meio do nosso Bispo, participar desta missa regional com meus irmãos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.”
A missa antecipou a memória litúrgica dos Protomártires do Brasil, assassinados no Rio Grande do Norte em 1645, celebrada em 3 de outubro. Dentre os sacerdotes e leigos mortos naquele ano e canonizados pelo Papa Francisco em 2017 está Mateus Moreira, patrono dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. O leigo era colaborador do Padre Ambrósio Francisco Ferro, numa pequena capela no povoado de Uruaçu, onde, com mais 28 fiéis, foi torturado e morto por holandeses e indígenas. Segundo a tradição, Mateus Moreira, ao ter seu coração arrancado pelas costas, aclamou “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”