Ministros da Sagrada Comunhão recebem mandato

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2400 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesac) da Região Episcopal Santana, receberam mandato, no Colégio Salesiano, dia 19
Publicado em: 28/10/2014 - 12:00
Créditos: Diácono Francisco Gonçalves/Pascom

Cerca de 2400 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesac) da Região Episcopal Santana, participaram na tarde do domingo, dia 19, do Dia Mundial das Missões e Infância Missionária e da celebração Eucarística e rito de colação, presidida por Dom Sergio de Deus Borges, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, com a presença de seus párocos e familiares.


A celebração eucarística foi da memória do mártir Beato Mateus Matias, patrono dos ministros extraordinários, e seus companheiros.

“Essa celebração marcou o ápice da preparação realizada nos encontros setoriais do Mesac com o lema: Aviva a tua obra, Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, fazei-a conhecida (Hb 3,2). Tudo tinha o objetivo de um chamado ao primeiro amor (Ap 2,4), um avivamento para um novo ardor na missão, a partir do alegre anúncio: Jesus Cristo te ama, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar (cf. EG 164), situando esse seu ministério na direção de uma Igreja em saída missionária (cf. EG 24). Busca-se que o ministério encontre toda a sua força na missionariedade, fazendo com que a Eucaristia chegue a quem não veio participar da celebração, seja por idade avançada, seja por enfermidades, sejam os encarcerados, e ainda aos pequenos grupos de irmãos e irmãs que se reúnem em torno da Palavra de Deus nas casas, na conversão da paróquia em comunidade de comunidades (cfr. CNBB, Doc 100)”, disse Padre Everaldo Sanches Ribeiro, Coordenador Regional de Liturgia que promoveu o evento.

“Os ministros conhecem bem os desafios que encontram ao levarem a Eucaristia para fora da igreja, e poder chegar àqueles que têm fome do Pão da Vida. As longas esperas, os repetidos agora não é possível não podem quebrar a resistência de quem tem consciência daquilo que leva e, como seu patrono, vão repetindo Louvado seja Jesus Sacramentado, numa caminhada de quem está disponível para servir até o fim no amor, com o rosto feliz de quem carrega a Alegria do Mundo – Jesus com rosto de ressurreição”, expressou Padre Everaldo.    


Dom Sergio ensina como ser discípulo missionário

Em sua homilia, Dom Sergio enfocou o aspecto missionário do ministério sinalizando que os ministros estão entre os protagonistas da nova evangelização que a Igreja empreende e faz progredir, não sem dificuldades, mas com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos.

Citou o bispo o exemplo do Beato Mateus Moreira, que habitou o Brasil, por volta de 1645, quando a intolerância religiosa dos invasores holandeses calvinistas não admitia a prática do catolicismo no território por eles ocupado. O beato estando ainda vivo, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: Louvado seja o Santíssimo Sacramento.

“O maior evangelizador de todos os tempos, o apóstolo Paulo, nos ensina como ser discípulo missionário. Ele diz-nos, antes de tudo, que não se evangeliza de maneira isolada, com efeito, também ele tinha como colaboradores Silvano e Timóteo (cf. 1 Ts 1, 1), além de muitos outros. Eu e os párocos temos vocês como colaboradores”, disse Dom Sergio.

O bispo complementou continuando com São Paulo: “Que o anúncio deve ser precedido, acompanhado e seguido pela oração. Com efeito, escreve: Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-nos sem cessar de vós nas nossas orações (v. 2). Depois, o apóstolo diz que está bem consciente de que os membros da comunidade não foram escolhidos por ele, mas por Deus: fostes escolhidos por Ele — afirma (cf. v. 4). Enfim, Paulo deixa-nos um ensinamento muito precioso, tirado da sua própria experiência. Ele escreve: O nosso Evangelho não vos foi pregado somente com palavras, mas também com poder, com o Espírito Santo e com convicção” (v. 5).

“Para ser eficaz, a evangelização tem necessidade da força do Espírito, que anime o anúncio e infunda em quem o traz, aquela plena convicção de que o apóstolo fala. Este termo plena convicção para o apóstolo não é um ato subjetivo, psicológico, mas é acima de tudo a plenitude, a fidelidade, a integridade do anúncio de Cristo”, explanou Dom Sergio.