Localizada na conhecida Estrada das Lágrimas, 910, curiosamente bifurcada nos limiares dos bairros de Sacomã e Heliópolis. O primeiro conhecido por conceber em seu território uma antiga fábrica francesa de cerâmica, que lhe batiza com o nome; o segundo por encrustar nas antigas glebas não urbanizadas, a moradia de um sem-número de migrantes brasileiros oriundos, principalmente, do nordeste do país.

Da Estrada das Lágrimas, trajeto outrora conhecido como a despedida dos soldados convocados à Guerra do Paraguai, mas também pelo trânsito de mercadores e outros transeuntes ilustres como os imperadores Dom Pedro I e II, à sombra da grande e vistosa figueira, que ali ainda persiste como dom da natureza, a Capela de Santa Edwiges foi erguida como casa de Deus e lugar de paz.

Foi da Associação Beneficente Santa Edwiges, fundada pelos anos 1923/24, não se sabe ao certo, que e o culto e devoção à padroeira dos pobres e endividados, alcunha já certamente difundida, pode ser evidenciado e celebrado por seus primeiros devotos em terras brasileiras, pois, a santa de origem polonesa começa a ser nacionalmente conhecida a partir do culto e difusão começados em São Paulo, capital.

Os párocos e vigários que, ao longo desta seis décadas, pastorearam e guiaram o Povo de Deus desta porção da Arquidiocese de São Paulo estão entre diocesanos e religiosos, com destaque aos Padres e Irmãos Oblatos de São José, que desde 1973 custodiam a Paróquia-Santuário Santa Edwiges nas palavras de seu santo pai-fundador, o bispo José Marello: “Seguir a Cristo inspirado em São José, trabalhar de modo escondido e confiante na Divina Providência, para educar moral e religiosamente a Juventude, na Catequese, no auxílio ao clero diocesano e nas missões”.

Diligente e corajosamente, dado pois que evangelizados no Caminho, Verdade e Vida que é Jesus Cristo, fiéis leigos e leigas de todos os tempos e lugares, juntamente com os sacerdotes e outros/as religiosos/as, fizeram da Paróquia-Santuário Santa Edwiges nestes sessenta anos de existência o verdadeiro Corpo Místico de Cristo, comunidade de batizados, lugar de organização e iniciativas para o bem pastoral do Povo de Deus.

Na tríade das virtudes teologais da Fé, da Esperança e da Caridade, esta última é condição sine qua non, isto é, sem a qual não se pode entender a existência da Paróquia- Santuário Santa Edwiges, sem a devida menção à Obra Social homônima da padroeira dos pobres e endividados, que associa-se à paróquia na promoção e cuidado com a vida naquilo que ela apresenta em suas constantes provações reveses de materialidade, manutenção e educação dos mais carentes e necessitados.

Aos homens e mulheres de nosso tempo e história: famílias, crianças, jovens e adultos, senhores e senhoras testemunhas deste magnífico Jubileu de Diamante, oferecemos esta hodierna comemoração sexagenária, que há de se comemorar mensalmente nos dias 16 de cada mês, de janeiro à setembro, com destaque à Solenidade de Santa Edwiges em 16 de outubro de 2020.