‘Mulheres do povo de Deus e a releitura da vida’

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Encontro celebrativo pelo Dia Internacional da Mulher é realizado pela Região Brasilândia na Creche Azul, no bairro de Taipas, no domingo, 12
Publicado em: 16/03/2017 - 14:30
Créditos: Juçara Terezinha

Mulheres de diversas localidades da Região Brasilândia participaram no domingo, 12, na Creche Azul, no bairro de Taipas, do XXVII Encontro Celebrativo do Dia Internacional da Mulher, à luz do tema “Mulheres do povo de Deus e a releitura da vida” e lema “Juntas na Luta pela Vida”.

Foi uma oportunidade para que juntas elas refletissem sobre a vida cotidiana, seus desafios, angústias e sofrimentos, mas também para que compartilhassem alegrias e conquistas. A dinâmica inicial motivou as participantes a olhar a realidade e tomar consciência sobre a dignidade da mulher. Para ajudar nessa reflexão, foi montado um painel com frases comuns que desqualificam o papel da mulher na sociedade. Posteriormente, em grupos, elas refletiram sobre as violências no cotidiano, apresentaram propostas para superá-las.

Em diálogo com as participantes, a psicóloga Maria das Graças Lima falou da importância em ajudar as mulheres a superar os sofrimentos psíquicos. “Hoje as mulheres, especialmente as mais pobres, necessitam de ajuda psicológica para suportar tanta responsabilidade e sofrimentos. ”

A advogada Claudia Luna falou do processo de libertação das mulheres na busca de uma sociedade de irmãos, ressaltando que todos são “filhos e filhas de Deus, criados à sua imagem e semelhança”, disse, destacando: “Somos dotados de inteligência, o que nos permite identificar as ações que produzem a violência contra o nosso semelhante”. O almoço oferecido às participantes foi preparado pelos homens que atuam na Comunidade Cristo Ressuscitado, pertencente à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Souza.

Durante o evento, também houve o lançamento do livro “Mulheres Extraordinárias”, da jornalista Karla Maria. Segundo ela, a obra traz “um conjunto de perfis, reportagens e histórias de mulheres marcadas por dramas sociais, raciais e morais”. São apresentadas histórias das dedicadas e fortes “Marias”, que representam a face de tantas outras mulheres portadoras de tristezas e alegrias. “Toca a figura da mãe órfã, mulher traficada, refugiada e freira ao lado de indígenas, negras e quilombolas. Mulheres em situação de rua”, detalhou.

(Fonte: Jornal O SÃO PAULO - Ed. 3142/ 15 a 21 de março de 2017)

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