Convocados pelo tema “Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema” Cultivar e guardar a criação (Gn2,15) “, a Região Episcopal Brasilândia realizou na tarde do domingo, 5 de março, a abertura da Campanha da Fraternidade 2017, um encontro celebrativo com a presença dos leigos, lideranças pastorais, padres, diáconos, religiosos e religiosas de todos os setores. O evento aconteceu na Comunidade São Judas Tadeu da   Pró-Paróquia Santo Agostinho, no bairro Sol Nascente, Setor Pastoral Perus.

Mesmo com a chuva forte que caiu sobre a região durante quase toda a tarde, o povo não se intimidou. Aos poucos as caravanas foram chegando com guarda-chuvas e capas,  animadas, alegres e com fé para participar e vivenciar este momento significativo da caminhada da Igreja.

A Campanha da Fraternidade deste ano chama atenção para os cuidados com a criação. “É preciso ver o universo como nossa casa”, diz o Papa Francisco. “Ninguém tem o direito de destruir a nossa casa. Ela é obra do criador. Ninguém pode explorar de maneira irracional os bens naturais como a água, os minerais, as florestas deixando para traz um rastro de destruição”.

A acolhida dos setores pastorais que compõem a Região se deu com a entrada das bandeiras coloridas: verde, vermelho, branco, azul, amarelo e laranja embalados pela canção ‘sejam bem-vindos’ animou a todos para suportar a chuva que Deus mandava.

Outro momento importante foi à apresentação das características e símbolos dos Biomas Brasileiros. Um cesto de açaí para falar da Amazônia [onde 1/3 das espécies que existem na terra, vivem neste bioma e a maior bacia hidrográfica do mundo]. O cacto simbolizando a Caatinga, um dos espetáculos mais belos dos biomas. [onde o clima cheio de sol tem potencial para geração de energia solar, cultivo de frutas saborosas].

Uma linda cesta de pequis, fruto típico do Cerrado [onde o solo é avermelhado e o povo convive com uma rica biodiversidade]. Uma rede de pescador fazendo referência ao Pantanal, [uma das maiores extensões úmidas contínuas do mundo].  Um ecossistema que mantém boa parte da sua cobertura vegetal nativa, responsável pela permanência de espécies que em outros biomas estão em extinção.

Também fez parte da apresentação, um homem vestido de peão com um chimarrão, [que é dos símbolos do Pampa. Um patrimônio cultural associado a biodiversidade onde encontra-se grande parte do aquífero Guarani].E por fim, a bromélia típica da Mata Atlântica representou a rica biodiversidade uma das mais ameaçadas do planeta.

A chuva não deu trégua e o encontro foi finalizado com benção de Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, que motivou a todos para agradecer a Deus pela chuva e assumir o compromisso de cuidar melhor da criação.