VIGILÂNCIA - Raul Amorim

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31/08/2018 - 11:00

Mt.25,1-13  

Jesus usa novamente o método pedagógico das parábolas. Elas são como que uma espécie de comparação de uma imagem tirada da vida cotidiana, para esclarecer outra realidade relacionada com o Reino. Jesus fala a partir daquilo que as pessoas vivem.

Mt. 25,1-4: “Então o Reino de Céus será como dez virgens, que pegaram suas lamparinas e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram sem juízo e cinco prudentes. As sem juízo, ao pegarem as lamparinas, não levaram azeite consigo. As prudentes, junto com as lamparinas, levaram também frascos de azeite”.

“No tempo de Jesus, as festas de casamento eram geralmente realizadas à tardinha e às vezes de noite. A noiva ficava em casa aguardando a chegada do noivo. Era costume que um grupo de amigas (damas de honra) estivesse com a noiva durante o tempo de espera do noivo. Quando o noivo estivesse chegando elas saiam ao encontro dele com tochas embebidas em azeite. O noivo por sua vez, não tinha hora marcada para chegar o que aumentava a expectativa da espera”. (Bortolini)

Trata-se das damas de honra que deviam acompanhar o noivo para a festa de casamento. Para isso, elas deviam carregar as lamparinas acesas, seja para iluminar o caminho, seja para deixar mais luminosa a festa. A descrição de cinco prudentes e cinco desleixadas descreve a forma como se prepararam para a função a ser feita.

Juntamente com as lamparinas acesas, as prudentes tinham trazido consigo uma reserva de óleo, preparando-se para qualquer eventualidade. As imprudentes levaram apenas as lamparinas e não pensaram em trazer um pouco de azeite de reserva.

Mt.25,5-7: “Como o noivo estava demorando, todas elas cochilaram e dormiram. À meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saiam ao encontro! Então todas aquelas virgens acordaram e prepararam suas lamparinas”.

O noivo atrasa. Não tinha determinado a hora da chegada. Durante a espera, as damas de honra adormecem. Mas as lamparinas continuavam acesas e a consumir o azeite e pouco a pouco iam se apagando. De repente alguém avisa que o noivo está chegando. Todas acordam e começam a se preparar colocando o azeite de reserva nas lamparinas para evitar que elas se apagassem.

Mt.25,8-9: “ As sem juízo disseram às prudentes: “Deem-nos do seu azeite, porque nossas lamparinas estão se apagando. As prudentes responderam: De jeito nenhum. Poderia não ser suficiente para nós e para vocês. É melhor vocês irem até os vendedores para comprá-lo”.

Só agora as sem juízo percebem que deveriam ter trazido consigo azeite de reserva. As prudentes não poderiam responder a essa solicitação delas, porque naquele momento o mais importante não era que as prudentes partilhassem o seu azeite, mas que elas estivessem prontas para acompanhar o noivo ao local da festa.

Mt.25,10-12: “Enquanto elas foram comprar azeite, o noivo chegou. As que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta foi fechada. Finalmente chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre a porta para nós! Ele, porém, respondeu: Eu lhes garanto: Não conheço vocês!

As sem juízo seguiram o conselho das prudentes e foram comprar o azeite. Durante a ausência chega o noivo. Quando chegaram a porta estava fechada. “Senhor, Senhor, abre a porta para nós!” Receberam a resposta: “Eu lhes garanto: Não conheço vocês”

Quem não está preparado (quem esqueceu o azeite) corre o risco de encontrar a porta fechada, de perder o tempo oportuno da salvação. O tempo é agora. A porta estará aberta ou fechada de acordo com a nossa preparação, a nossa missão. Ter azeite para a lamparina significa ter compromisso com a justiça do Reino anunciada e vivenciada por Jesus.

Mt.25,13: “Estejam vigilantes, portanto! Porque vocês não conhecem o dia nem a hora”.

A recomendação final de Jesus é para todos nós.  Moral da história: Não sejamos superficiais, olhemos para além do momento presente, procuremos descobrir o chamado de Deus, mesmo nas menores coisas da vida.

O momento da vinda de Jesus no fim dos tempos é desconhecido. É preciso que estejamos preparados para ele, por meio da prática dos valores do Reino, na busca da justiça de Deus.

P/ CEBI (Centro Estudos Bíblicos) >Raul de Amorim Pires= raul4ap@gmail.com