Reflexão do Diácono Mario Braggio

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23/06/2015 - 08:30

Mt 7,6.12-14

Aos poucos, Jesus cuida da formação dos seus discípulos preparando-os para dar continuidade à sua missão. Dentre uma série de instruções e exortações, destaca-se a assim chamada “regra de ouro”: “tratai os outros assim como quereis que vos tratem” (Mt 7,12), intimamente relacionada à “amai ao próximo como a ti mesmo” (Mc 12,31).

Uma regra preciosa mesmo, à qual devemos nos configurar transformando-a numa atitude (predisposição), que haverá de permear as nossas relações e as relações entre os discípulos do Reino.

Já pensou que maravilha? Que show de respeito, civilidade, urbanidade, atenção, acolhimento, inclusão, elogio, reconhecimento, gratidão, auxílio, cooperação, fraternidade, solidariedade, sem mentiras, sem fofocas, sem maldades... sempre de maneira espontânea, gratuita, desinteressada, é claro, sem esperar  recompensa,  retribuição e reconhecimento. Uma verdadeira opção de vida iluminada pela fé e nascida do coração, inconfundível com o que se faz por formalidade, conveniência ou para manter as aparências.

Esse modo de agir é realmente tão significativo que Jesus afirma que ele resume toda a Lei e os Profetas, ou seja, toda a Escritura. Quem o faz pratica a verdadeira justiça, anuncia o Reino, transforma o mundo. Quem assim age não gasta tempo com o que é irrelevante; porta-se como irmão, evita discórdia e desentendimento; torna-se solidário e fraterno. Experimenta e vive a verdadeira felicidade (Jesus já sabia muito antes da Psicologia que aquilo que fazemos para o outro fazemos para nós também).

A imagem dos dois caminhos não deixa dúvidas sobre a importância da livre-escolha e suas respectivas consequências. A porta larga é atraente, sedutora e, para muitos, deslumbrante; contudo, conduz a caminhos comprometidos com a injustiça.

Jesus é a porta estreita (que muitos nem veem) e o caminho apertado que leva à verdadeira vida. Essa caminhada exige empenho e sacrifício, sim, mas vale a pena, pois nos conduz à vida eterna.