Reflexão do Cônego Celso Pedro

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26/06/2015 - 11:45

Décimo Terceiro Domingo do Tempo Comum
Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
At 12, 1-11; Sl 34; 2Tm 4, 6-8.17-18; Mt 16, 13-19

Hoje ocupa a sede de Pedro o Papa Francisco. Antes dele tivemos 265 Papas. Um homem do nosso continente, sem pretensões, dedicado à causa de Cristo e de seu Evangelho, que olha para Jesus e para o povo, sobretudo para os mais sofridos, os que são vítimas da indiferença. Ele nos faz voltar às raízes, às fontes, ao Jesus dos Evangelhos. Desde Pedro até hoje adquirimos costumes e criamos tradições que podem nos impedir de ver a face de Cristo. Se Francisco às vezes parece tirar os enfeites que envolvem o rosto de Jesus é para que vejamos Jesus e não os enfeites. Ele quer todos na Companhia de Jesus e não em outra companhia. Rezemos pelo Papa. Ele pede a nossa oração. Sua vida não é fácil. Se nós sofremos oposições e contradições, muito mais quem ocupa o lugar que ele ocupa e que é único. Só há um Papa. Seja ele quem for, foi-lhe confiada a tarefa de confirmar seus irmãos e suas irmãs para que tenham uma fé clara, vivam num amor comprometido, e não se separem. Diz o Papa Francisco que a fé, o amor e a unidade são as dimensões do ministério confiado a Pedro. Não é difícil ver nos Evangelhos o primado de Pedro. Pode ser difícil aceitá-lo, não por razões lógicas, mas por circunstâncias históricas e por conveniências. Mais difícil ainda é saber como se exerce o primado. São João Paulo II pediu que o ajudassem a ter idéias claras a esse respeito. Como foi que Pedro, Lino, Anacleto governaram a Igreja? Conhecemos os últimos Papas, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI, Francisco. Santos homens, bastantes diferentes uns dos outros, mas todos sucessores de Pedro. Agradecemos a Deus por termos permanecido no barco de Pedro, sem nos deixar levar pela tentação de uma perfeição inexistente em outro lugar.