TRIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Ap 7,2-4.9-14; Sl 24; 1Jo 3,1-3; Mt 5,1-12a

O Sermão da Montanha começa com as bem-aventuranças. São elas a proclamação da Boa Notícia da Salvação, e dirigem-se a todas as pessoas em todos os povos. Quem são os bem-aventurados, quem são os felizes? São todos aqueles que andam e que querem andar nos caminhos de Deus em companhia de Jesus. Moisés, no monte Sinai, mostrou ao povo os caminhos de Deus nos dez mandamentos. Jesus, na colina à beira do lago de Genesaré, mostra os dez mandamentos realizados na prática, na vida de homens e mulheres de boa vontade, particularmente dos que o seguem. A palavra “felizes” ou “bem-aventurados” na língua hebraica tinha também o sentido de caminhar, avançar. Assim, as bem-aventuranças se dirigem a quem quer andar no caminho aberto por Jesus e mostrar como agradar a Deus nessa caminhada. São eles os santos e as santas, gente de valor, que traduz em suas vidas a vida de Jesus. São os pobres em espírito, os aflitos, os mansos, os que desejam a justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os promotores da paz, os perseguidos por causa da justiça. Em particular os cristãos ofendidos e perseguidos por causa da sua fé em Cristo. Assim são os nossos santos que hoje celebramos numa só festa. Verdadeiros filhos de Deus, que veem a face de Jesus e intercedem por nós. Eles nos ensinam com sua pregação e com sua vida. São a geração dos que procuram o Deus de Israel e buscam a sua face. Seu coração não abrigou a malícia, suas mãos trabalharam bem e sua mente não arquitetou o crime. Subiram o monte do Senhor e permanecem em sua santa habitação. Quem diz “não gosto de santo” ou “não acredito em santo” é porque não os conhece e não sabe o que está dizendo. Como não gostar de gente que vale a pena?