Pão da Vida - Cônego Celso Pedro

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24/07/2015 - 21:30

2Rs 4,42-44; Sl 144 (145); Ef 4,1-6; Jo 6,1-15

Décimo Sétimo Domingo do Tempo Comum

Iniciamos a leitura do capítulo sexto do Evangelho de São João. A multiplicação dos pães abre o tema de Cristo, Pão da Vida e Sacramento da Eucaristia e mostra a necessidade que todos temos de alimento, e como Jesus está comprometido com essa necessidade. Como sempre, uma grande multidão está atrás de Jesus porque ele curava os doentes. E a multidão estava com fome. Como alimentar toda essa gente? Os Apóstolos percebem que o povo tem fome? Têm sugestões para solucionar o problema? Felipe tem uma solução na qual ele mesmo não acredita. Dinheiro e muito dinheiro. Com dinheiro podemos comprar todo o pão do mundo. Mas onde está o dinheiro? André apresenta outra solução, na qual ele também não acredita. Estava lá um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. O menino oferecia o que tinha, mas o que significavam esses sete alimentos para uma grande multidão? Dinheiro não tinham e o que tinham de pão e peixe era muito pouco. Para dizer que esse muito pouco com Deus era muito, São João, que está escrevendo o Evangelho, usa cinco vezes a palavra “pão” e duas a palavra “peixe”. Eram cinco pães e dois peixes. A soma dá sete, número perfeito na numerologia bíblica. Há algo mais além das aparências. Jesus escolhe a solução pobre, menos fácil porque supõe partilha. A partilha começa com o menino que oferece o que tem, e se multiplica com a intervenção do poder de Jesus. Não sabemos como se fez a multiplicação. Sabemos que todos comeram e ainda sobraram doze cestos cheios de pão. Doze cestos porque doze eram os apóstolos, que não podiam andar com cestos vazios diante do povo faminto. Assim começa o capítulo do Pão da Vida.