O maior entre vocês deve ser aquele serve - Diácono Mario Braggio

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14/03/2017 - 00:15

Mt 23,1-12

Fariseus e mestres da Lei conheciam as Escrituras e sabiam explicá-las corretamente, contudo, seus comportamentos não condiziam com tais ensinamentos. Soberbos, prepotentes e orgulhosos, não eram bons exemplos de piedade e de fidelidade a Deus. Eram rigorosos e exigentes com as pessoas, apresentando-lhes uma religião austera e inflexível. Todavia, quando se tratava deles mesmos – dos seus deslizes e incorreções – eram tolerantes e benevolentes.

Como se tudo isso não bastasse, aproveitavam-se da posição que ocupavam na sociedade para chamar a atenção, para conquistar a admiração e impor as suas vontades. Eram os primeiros a ocupar os melhores lugares, a usar roupas vistosas, adereços e enfeites. Consideravam-se um grupo privilegiado e diferenciado, o que alimentava as suas vaidades e as suas ambições.

É claro que Jesus não poderia concordar com atitudes que inibem, humilham, constrangem, dividem, oprimem, excluem... Elas são o contrário daquilo que o Senhor fez e ensinou os seus discípulos a fazerem.

Dois mil anos depois, muitos de nós continuamos nos comportando exatamente da mesma maneira. Ansiamos poder e reconhecimento quando perseguimos cargos e funções de destaque na Comunidade; oprimimos e excluímos quando tratamos os mais humildes como se fossem irmãos de segunda classe; arvoramo-nos em juízes dos outros; controlamos autoritariamente o uso de chaves de portas e de armários; não queremos outra coisa senão mandar...

Jesus se dirigiu ao povo e aos seus discípulos quando denunciou o comportamento incoerente dos letrados e dos entendidos na Lei. Ele queria deixar claro que na  comunidade dele não há “diferenças de classes”, privilegiados e excluídos. Jesus nos convida hoje também a examinar a nossa consciência e a considerar as nossas atitudes; a identificar as nossas intenções e desejos mais secretos; a nos convertermos ao Evangelho.