MT 22,34-40

Jesus está em Jerusalém, no Templo, onde ocorre um debate entre Ele e seus opositores. Os saduceus (sacerdotes do templo) não tinham tido sucesso no confronto e tiveram que ficar calados. Sabendo disso os fariseus se reuniram em grupo e um deles faz uma pergunta provocativa: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Aqui começa a leitura de hoje.

No tempo de Jesus a Lei constava de 613 mandamentos, 365 formulados negativamente: “não pode isso, não pode aquilo” e 248 de maneira positiva: “faça isso, cumpra aquilo”. Para o povo simples era quase impossível de cumprir, sem possibilidade de lembrar cada um dos mandamentos e o que eles determinavam.

A pergunta é dirigida a Jesus como Mestre (Rabi). Jesus respondendo une o amor a Deus e o amor ao próximo a ponto de uni-los em um só: “Ame o Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda sua alma e com toda sua mente. Esse é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame seu próximo como a si mesmo (Mt 22,37-38)

Ao dizer que o segundo mandamento é semelhante ao primeiro, Jesus os unifica, não existe separação entre o amor verdadeiro a Deus e ao próximo. O amor do evangelho tem como centro Deus e o ser humano, amores inseparáveis que se fundem num só! Jesus dá como chave de interpretação da Lei, o amor a Deus a ao próximo dando uma reviravolta na mentalidade da maioria dos judeus.

Cada ser humano sai de si, tanto para proclamar a grandeza e a bondade do Criador, diante de quem reconhece a própria pequenez e limitação, quanto para estabelecer relações fraternas  com os semelhantes.

Para pensar: O amor a Deus e ao próximo é apenas um vago sentimento, uma emoção, um estímulo passageiro ou uma realidade que envolve a pessoa como um todo: coração, vontade, inteligência... Qual é a sua opinião?