Na história do Cristianismo, muitos santos e santas dedicaram sua vida à Eucaristia ou por ela morreram e foram proclamados mártires. 

Foi o caso de São Tarcísio, que era acólito e a quem os pagãos encontraram levando o sacramento da Eucaristia. Perguntaram-lhe o que ele estava levando e o atacaram durante um longo caminho, ferindo com paus e pedras, até morrer, abraçado ao Sacramento. 

“Quando lhe reviraram o corpo, os assaltantes não puderam encontrar nem sinal do sacramento de Cristo, nem em suas mãos e nem por entre as vestes. Os cristãos recolheram o corpo do mártir e o enterraram com honras”. Assim, o Martirológio Romano resume a forma posterior da história de São Tarcísio. 

Mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Tarcísio era um dos integrantes da comunidade cristã romana, quase toda dizimada. Ele tinha 12 anos e morreu no dia 15 de agosto do ano 257, ao tentar levar a Eucaristia a outros cristãos que estavam presos pela perseguição. 

UMA CONVERSÃO EUCARÍSTICA

Outro jovem, este no fim do século XIX, também decidiu dedicar sua vida a Deus, após participar de uma celebração eucarística, no fim do mês de outubro de 1886. Charles de Foucauld tinha 28 anos quando, na Igreja de Santo Agostinho, em Paris, na França, confessou-se e recebeu a comunhão das mãos do Padre Henri Huvelin, a quem fora enviado por sua prima, Madame de Bondy.

Charles ingressou na Ordem dos Monges Trapistas, mas, em 1897, em busca de uma vocação religiosa autônoma e ainda não definida, deixou a Ordem. Viveu em Nazaré como servente no Convento das Clarissas. Foi ordenado sacerdote em 9 de junho de 1903, aos 43 anos de idade. Posteriormente, viveu no deserto do Saara, dedicado à oração e a longos períodos de silêncio em uma tenda. Como sacerdote,  ele colocou a Eucaristia e o Evangelho no coração de sua vida. Uma congregação religiosa foi fundada a partir das inspirações de Charles de Foucauld, 20 anos após sua morte, os Irmãozinhos de Jesus, criada pelo Padre René Voillaume, em 1933, na Argélia. Charles de Foucauld foi beatificado em 2005.

EM COMUNHÃO COM CRISTO

A cidade de San Giovanni Rotondo, no sul da Itália, vive em torno da devoção a São Pio de Pietrelcina. Ali, é possível ver a simplicidade do quarto onde o santo passou os últimos anos da sua vida. São Pio nasceu na Itália em 1887 e, aos 16 anos, entrou como clérigo na Ordem dos Capuchinhos. Com uma vida dedicada totalmente a Deus e ao seu serviço, a vida de São Pio começou a mudar totalmente quando, em 20 de setembro de 1918, depois da celebração da Santa Missa, recebeu os estigmas nas mãos e nos pés. O santo conviveu por 50 anos com os estigmas, sendo o único sacerdote da Igreja Católica a recebê-los, pois os demais são leigos. Morreu em San Giovanni Rotondo, em 23 de setembro de 1968, e foi canonizado em 2002.

INSPIRADOS PELO SACRAMENTO DA EUCARISTIA

A Catequese que prepara os cristãos para receberem a Eucaristia, como acontece ainda hoje nas comunidades católicas, foi iniciada a partir de São Pio X, eleito papa em 1903, no início do século XX. Como Pontífice, preparou um texto de doutrina cristã para a Diocese de Roma, que se difundiu por toda a Itália e pelo mundo. Esse Catecismo é chamado “de Pio X” e foi, para muitos, um guia seguro no aprender as verdades da fé. Dedicouse com atenção à reforma da Liturgia, em particular da música sacra, para conduzir os fiéis a uma mais profunda vida de oração e a uma mais plena participação nos sacramentos. Morreu em 1914 e foi canonizado em 1954. 

São Pietro Giuliano Eymard Sacerdote nasceu na França, em 4 de fevereiro de 1811. Foi ordenado sacerdote em 1834, e em 1839 iniciou uma experiência de vida religiosa, ingressando na Congregação dos Padres Maristas. Porém, buscando responder à vontade de Deus, deixou a Congregação e, em 1856, fundou a Congregação do Santíssimo Sacramento, os padres Sacramentinos.