Papa envia carta a religiosos na abertura do Ano da Vida Consagrada

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Na sexta-feira, 28, foi publicada uma carta apostólica do Papa Francisco a todos os consagrados do mundo
Publicado em: 01/12/2014 - 15:00
Créditos: Redação com Rádio Vaticano


Neste domingo, 30, 1º Domingo do Advento, foi aberto na Igreja em todo mundo o Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco.

Na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedade de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, presidiu missa solene em nome do Santo Padre, que estava em viagem apostólica à Turquia.

Na sexta-feira, 28, foi publicada uma carta apostólica do Papa Francisco a todos os consagrados do mundo por ocasião do ano temático que se estende até fevereiro de 2016. Na Arquidiocese, a abertura do Ano da Vida Consagrada reuniu religiosos e religiosas nas regiões episcopais.

Leia a íntegra da Carta do Papa aos consagrados

São três os objetivos principais que o Papa Francisco indica aos consagrados para a realização da própria vocação: antes de mais nada, “olhar para o passado com gratidão”, para manter viva a própria identidade, sem fechar os olhos diante das incoerências, resultado das fraquezas humanas e – diz Francisco – talvez sejam o esquecimento de alguns aspectos essenciais do carisma. O segundo objetivo é aquele de “viver o presente com paixão”, vivendo o Evangelho a fundo e com espírito de comunhão; e o terceiro, “abraçar o futuro com esperança”, sem perder a coragem diante das inúmeras dificuldades que se encontrarão ao longo da vida consagrada, a partir da crise das vocações.

Não cedam – advertiu o Papa aos mais jovens – à tentação dos números e da eficiência, tampouco àquela de confiar exclusivamente nas suas próprias forças. A caridade – não conhece limites e precisa de entusiasmo para levar adiante o sopro do Evangelho nos mais diversos ambientes sociais e culturais.

Saber transmitir a alegria e a felicidade da fé vivida em comunidade, de fato, faz crescer a capacidade de atração da Igreja. É o testemunho do amor fraterno, da solidariedade, da partilha que dá valor à Igreja. Uma Igreja que deve forjar profetas visionários e capazes de interpretar os acontecimentos, denunciando o mal do pecado e da injustiça.

Francisco não tem expectativas de que os consagrados mantenham vivas certas “utopias”, mas que saibam criar “outros lugares”, onde se viva a lógica evangélica do dom, da fraternidade, da diversidade e do amor recíproco. O lugar ideal para que isso aconteça são as comunidades dos Institutos aos quais se pertence e que não deve ser uma realidade isolada. Ao contrário, o Papa expressa seu desejo de que este Ano da Vida Consagrada seja a ocasião para que se estreitem os laços de colaboração entre as diversas comunidades – até mesmo de Igrejas diversas – no acolhimento de refugiados, na proximidade aos pobres, no anúncio do Evangelho, na iniciação à vida de oração”.

Na Carta aos consagrados e às consagradas o Papa não esquece do importante papel dos “leigos que, com os consagrados, partilham ideais, espírito e missão”. Deste ponto, a última exortação da carta de Francisco vai aos irmãos no episcopado para que sejam solícitos no promover nas respectivas comunidades “os carismas distintos, apoiando, animando e ajudando no discernimento para que a beleza e a santidade da vida consagrada resplandeça na Igreja”.