Após manifestação, realizada nesta sexta-feira (30), no centro da capital, contra projeto de lei que, entre outras medidas, dificulta o chamado "aborto legal" e restringe a venda de medicamentos abortivos no país, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo amanheceu neste sábado (31), com portas e paredes pichadas. Em nota, os padres que administram a Catedral lamentam e repudiam os atos de vandalismo contra a igreja, que é um "monumento arquitetônico-artístico de referência para a cidade de São Paulo". O caso foi registrado no 8º Distrito Policial de São Paulo. Veja a íntegra da nota:
Ato de Indignação
A Catedral Metropolitana de São Paulo constitui monumento arquitetônico-artístico de referência para a cidade de São Paulo. Está localizada diante do marco zero da cidade. É edifício religioso que simboliza a fé cristã professada pela Igreja Católica Apostólica Romana. É também casa para todos. Diariamente entram na catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados que são acolhidas fraternalmente. Por isso, lamentamos e repudiamos a pichação ocorrida na noite de 30 de outubro último, ao término de manifestação em repúdio ao PL 5069/2013.
A liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja católica em nosso país, não justifica ato de vandalismo. A liberdade não é sinônimo de provocação destrutiva de nenhum patrimônio arquitetônico-artístico de qualquer instituição.
Desejamos que atos como esse não venham a se repetir para que sejam preservados não só o direito de expressão mas também o respeito ao patrimônio da população.
Padre Luiz Eduardo Baronto
Cura da Catedral Metropolitana
Padre Helmo César Faccioli
Auxiliar do Cura