Morre aos 86 anos a Irmã Clara Amadio

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A religiosa dedicou-se aos mais pobres em áreas mais carentes do Paraná e de São Paulo
Publicado em: 26/04/2018 - 14:15
Créditos: Redação

A Região Episcopal Brasilândia da Arquidiocese de São Paulo comunicou no início da tarde desta quinta-feira, 26, o falecimento da Irmã Clara Amadio (Etelvina Amadio), da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, instalada no Jardim Elisa Maria, na periferia da zona Noroeste da cidade de São Paulo.

O velório da Irmã Clara será realizado a partir das 18h desta quinta-feira no Colégio Nossa Senhora das Dores (Rua Relíquia, 691, Casa Verde). Ainda não há informações sobre o horário das missas de corpo presente e do sepultamento. 

Vida dedicada aos mais pobres

Nascida em Capivari (SP), em 29 de janeiro de 1932, Irmã Clara teve o despertar vocacional ainda na adolescência, quando tornou-se catequista. Ingressou no convento após os 21 anos de idade, superando uma resistência inicial de seus familiares de que seguisse a vida consagrada.

Irmã Clara trabalhou em Pirajuí (SP) com meninas internas; na cidade de Enéias Marques (PR) realizou uma significativa experiência missionária, dando aula a adultos onde não havia sequer luz elétrica, de modo que o tempo das aulas era definido pela duração das velas levadas pelos alunos. Ainda no Paraná, participou da Pastoral Operária.

Ao vir para a cidade de São Paulo, atuou como professora no bairro da Casa Verde, na zona Norte, engajou-se na luta da população por moradia e fixou trabalhos no Jardim Elisa Maria, onde ajudou na construção da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, e em projetos para a melhoria do bairro, especialmente com a criação da Associação Madre Teresa de Jesus, que hoje atende dezenas de crianças e adolescentes carentes de 6 a 15 anos, oferecendo capacitação profissional e atividades culturais como música, teatro, esportes e poesia.

Por ocasião das comemorações dos seus 80 anos de vida, em 2012, disse durante uma missa festiva no Jardim Elisa Maria: “Viver 80 anos é uma grande graça de Deus. Viver 80 anos e em grande parte estar junto a esse povo de Deus mais carente, mais sofrido, é uma alegria imensa. A gente dá com uma mão, e Jesus devolve com dois braços cheios”.

(Com informações de Jenniffer Silva, Pascom Brasilândia e reportagens do O SÃO PAULO)