Dom Odilo: ‘Que Deus nos dê a coragem da verdade’

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Publicado em: 13/06/2020 - 11:45
Créditos: Redação

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã deste sábado, 13, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Neste dia, a Igreja celebra a Memória de Santo Antônio, sacerdotes franciscano e doutor da Igreja. “Lembremos desde grande santo, que deu um belíssimo exemplo de conversão de vida cristã, de desejo de seguir a Cristo, o Evangelho e os irmãos, na humildade e na sabedoria”, destacou Dom Odilo.

PERIGO DAS MEIAS VERDADES

Na homilia, o Cardeal refletiu sobre o trecho do Evangelho do dia (Mt 5,33-37), no qual Jesus exorta aos discípulos a não jurarem de modo algum por Deus, não tomando, assim, o seu nome em vão. O Senhor conclui este trecho do seu ensinamento dizendo: “Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

“As meias verdades, às vezes, são mais perigosas que mentiras inteiras”, alertou o Arcebispo, destacando que a manifestação do cristão deve ser verdadeira inteiramente e transparente.

Dom Odilo chamou a atenção para as muitas mentiras que são disseminadas nos dias atuais, especialmente as chamadas fake news (notícias falsas), predominantes nas mídias digitais. “Produzir inverdades, calunias, informações falsas com a intenção de prejudicar e provocar estragos na vida de um grupo e de uma pessoa. Isso é uma grave responsabilidade diante de Deis”, afirmou.

‘PAI DA MENTIRA’

“Quem mente, quem produz falsidades, não está com Deus, está do lado do maligno, do ‘pai da mentira’, que começou enganando Adão e Eva e continua enganando a humanidade ao longo da história, produzindo uma enorme confusão, enganos, erros, desencaminhando as pessoas”, ressaltou Dom Odilo.

“Peçamos a Deus que nos dê a coragem da verdade em nossa fala, no relacionamento com os outros, sempre ser verdadeiros, transparentes, honestos e nunca se deixar orientar pela falsidade, pois ela não vem de Deus”, concluiu.

SANTO ANTÔNIO

Ao se referir novamente ao santo do Dia, o Cardeal Scherer recordou que, na religiosidade popular, a intercessão de Santo Antônio é invocada para diversas necessidades. Contudo, ele enfatizou que, como a Igreja ensina, a devoção a um santo deve ser, antes de tudo, a imitação do seu exemplo, das suas virtudes. Por isso, ele recomendou que se procure conhecer mais a história desse santo.

O Missal Romano destaca que Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, no final do século XII. Ingressou na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, mas, pouco depois de sua ordenação sacerdotal, transferiu-se para a Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) com a intenção de dedicar-se à propagação da fé entre os povos da África.

No entanto, foi na França e na Itália que ele exerceu o ministério da pregação, combatendo, sobretudo, as heresias da época. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, “cheios de doutrina e de unção espiritual”. Santo Antônio morreu em Pádua no ano de 1231.

No Brasil, a devoção a esse santo também está muito ligada aos casais às pessoa que buscam um matrimônio. “Queremos rezar de modo especial pelos casais de namorados e noivos, para que, amando-se, cresçam nesse amor, amem sua família e o casamento como testemunho de sua fidelidade e sua fé em Jesus Cristo”, afirmou Dom Odilo.