Morre, aos 90 anos, a Irmã Célia Cadorin

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Religiosa faleceu aos 90 anos, na noite de 29 de julho, em Bragança Paulista (SP)
Publicado em: 31/07/2017 - 13:30
Créditos: Redação

A religiosa da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, Célia Bastiana Cadorin, de 90 anos, que se encontrava em coma há quatro meses, faleceu na noite do sábado, 29 de julho, em Bragança Paulista (SP).

Nascida em Nova Trento (SC), em 1927, e pertencente à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição (CIIC), Irmã Célia foi indicada pela Congregação, em 1982, para trabalhar junto a Santa Sé na beatificação e canonização de Santa Paulina e, posteriormente, na de Frei Galvão. Por 23 anos de sua vida, ela morou em Roma, trabalhando como postuladora de Madre Paulina e Frei Galvão. A Irmã acompanhou também outros inúmeros processos de todo o Brasil.

 

Em uma entrevista concedida ao Portal Terra, em 2011, a religiosa contou um pouco sobre sua trajetória e revelou ter encontrado por 14 vezes o Papa João Paulo II. “Ele me chamava de Paulina Galvão, uma fusão dos nomes de Santa Paulina e Frei Galvão”.

Segundo a Irmã Anna Tomelin, Diretora do Santuário Santa Paulina, “ Irmã Célia foi uma mulher consagrada a Deus, convicta do seguimento a Jesus, inspirada em Santa Paulina. Por muitos anos, dedicou sua vida em vários processos de beatificação e canonização. Irmã Célia, obrigado pelo seu testemunho de doação na sua vida consagrada”, manifestou em nota.

 

Trabalho de Investigação

Irmã Célia Cadorin tinha por trabalho reunir documentos, relatos e pacientes que comprovam curas milagrosas creditadas à santidade de brasileiros.

Em 2012, defendia 28 candidatos a santos em todo o Brasil, consultando médicos dos mais diferentes credos para embasar seu trabalho.

A Religiosa questionava inúmeros médicos para avaliar se um caso teve melhora após uma intervenção religiosa, e apenas lutava pelo caso com afinco, caso os profissionais afirmassem que não havia explicação científica para a cura.

Procurava atender quatro condições exigidas pela Igreja para tratar um caso como milagre: o doente deve curar-se de forma rápida e instantânea, não deve haver uma única sequela, o resultado precisa durar a vida toda e é preciso afirmação da medicina de que não havia mais nada a ser feito com a pessoa.

Sendo exigido, ainda pela Santa Sé, que se comprove, juntamente ao processo medicinal, que foram feitas rezas ou promessas ao candidato à canonização.

 

Legado de amor a Deus

“Para a Congregação e para toda a Igreja, Irmã Célia foi alguém que se dedicou muito à evangelização. Foi sempre uma presença de uma mulher de fibra, de fé, de amor pelos pobres, de evangelizadora. Uma mulher que sempre transmitiu uma experiência de Deus”, lamentou a Irmã Roseli Amorim, superiora geral da Congregação.

Eunice Cadorin Bittencourt, irmã caçula de Irmã Célia, falou sobre o testemunho de amor da irmã. “Ela era sempre muito preocupada com a família, com cada um de nós. Mesmo quando não estava presente fisicamente, estava presente em oração. Irmã Célia nos deixa um legado de amor a Deus, de amor aos irmãos, de caridade, de coragem. A gente aprendeu muito com ela”.

O enterro de Irmã Célia aconteceu na tarde do domingo, 30 de julho, no Cemitério da Saudade, em Bragança Paulista, após a Missa de Corpo presente, celebrada na Casa Central da Congregação na cidade. Membros da Congregação, amigos e familiares estavam presentes.

A missa de 7º Dia acontecerá na Casa Central da Congregação, em Bragança Paulista (rua Viscondessa Cunha Bueno, 430, Jardim Nova Braganca).

 

(Com informações de Gospel+, Canção Nova, Catolicismo e Santuário Santa Paulina)