Encontramos Jesus Ressuscitado no partir do Pão

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Com uma grande procissão eucarística pelas ruas de Belém, o Congresso Eucarístico Nacional 2016 encerrou-se no dia 21 de agosto.
Publicado em: 30/08/2016 - 15:45
Créditos: Por Jucelene Rocha e Renata Moraes/ Especial em Belém (PA)

 

Nem mesmo o forte sol da tarde do domingo, 21, em Belém, impediu que milhares de católicos participassem da missa de encerramento do CEN 2016, na Praça Santuário, em frente a Basílica de Nazaré. Na festa da Assunção de Nossa Senhora, a missa também foi presidida pelo Legado Pontifício, Cardeal Cláudio Hummes, que recordou na homilia que assim como Maria foi perseguida pelas forças do mal, a Igreja também é. “A festa da Assunção de Nossa Senhora nos traz uma mensagem de esperança, da vitória do bem e não do mal, da vida e não da morte”, destacou

Na conclusão do Congresso, o Cardeal Hummes afirmou que todos devem voltar para as suas casas mais alegres e firmes na fé. “Que sejamos anunciadores e corajosos missionários sem medo. Assim como os discípulos de Emaús que reconheceram Jesus no partir do pão, nós aqui em Belém também encontramos Jesus Ressuscitado no partir do pão”.

Dom Cláudio pediu que ninguém deixe apagar a chama do Espírito santo e o ardor missionário. Recordando as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, Dom Claudio afirmou que a causa missionária deve ser prioridade. “Passar de uma pastoral de conservação para uma pastoral decididamente missionária e misericordiosa”.  


Sobre a Igreja na Amazônia, o Legado Pontifício defendeu a evangelização e a solidariedade para com os indígenas. “Há um longo caminho a percorrer e uma enorme dívida a saldar, para que eles possam ser novamente protagonistas de suas próprias histórias”, afirmou.  Combater a pobreza, preservar a natureza e garantir a defesa da casa comum também foram aspectos mencionados na homilia.

Pelas ruas de Belém

Ao fim da missa de conclusão do Congresso, o Santíssimo Sacramento foi conduzido na chamada “Procissão do Triunfo Eucarístico”. Pelas ruas de Belém, a multidão de fiéis acompanhava o trajeto de aproximadamente três quilômetros.  Saindo da Praça da Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré até a praça Frei Caetano Brandão, no Centro Histórico de Belém, em frente à Catedral da Sé.   O percurso feito é exatamente o inverso àquele que é realizado na procissão de trasladação da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, durante a tradicional festa do Círio. 


Para Amélia Guedes Farias, da Paróquia Rainha da Paz, da Arquidiocese de Belém, participar desta procissão eucarística foi o momento de agradecer a Deus e alcançar graças. “Estou aqui pedindo bênçãos para a minha família e saúde para meu pai que está doente.  É também momento de rezar pela paróquia, para que possamos, a partir deste congresso perseverar mais na fé”.


Comovido por toda experiência vivida na procissão, o Diácono Leandro Melo, da Diocese de Guaxupé (MG) destacou: “Estar próximo da Eucaristia é nos identificarmos com esse Cristo que caminha conosco e se faz presente no meio de nós”.   Para Leandro a Procissão do Triunfo foi um dos pontos altos do Congresso. “A Eucaristia sendo transladada no meio do povo, fazendo o mesmo percurso do Círio de Nazaré nos lembra que aonde caminha Maria, Cristo também está”.


Depois de duas horas e meia de caminhada, a procissão chegou a Catedral Metropolitana, de onde Dom Alberto Taveira e Dom Cláudio Hummes deram a bênção final com o Santíssimo Sacramento, encerrando oficialmente o 17º Congresso Eucarístico Nacional.