Na tarde da última quarta-feira, (21), Dom Odilo concedeu coletiva de imprensa, na Catedral da Sé, para balanço do ano de 2016.  O arcebispo de São Paulo considerou este ano um período de muito trabalho e abordou temas sobre a Igreja e assuntos da sociedade em geral.

Recordando os acontecimentos marcantes do ano, o cardeal comentou sobre os deveres cumpridos e revisão no 11 º plano pastoral deste ano e ressaltou a aprovação do 12º plano pastoral e das urgências que ele traz com a evangelização e a ação da Igreja em São Paulo. Além disso, o Cardeal informou a perspectiva em realizar a iniciação do Sínodo Arquidiocesano.

Dom Odilo afirmou ser uma novidade. “A Arquidiocese de São Paulo ainda não realizou nem um Sínodo diocesano, e isso é uma prática da Igreja, o Concílio Vaticano II incentivou e nós vamos realizar o primeiro Sínodo da Arquidiocese de São Paulo. Um processo longo, envolvente, trabalhoso, mas, através do qual a Arquidiocese procura se rever, se reorganizar, programar para melhor realizar aquilo que é próprio de sua missão”, discorreu o arcebispo.

O cardeal ainda sintetizou episódios importantes vivenciados na Igreja como: o lançamento da Exortação Apostólica do Amoris Laetitia, escrita pelo Papa, a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, o Congresso Eucarístico Nacional em Belém do Pará, a atuação e acolhida da Caritas e da Igreja na vida dos imigrantes, refugiados e vítimas de tráfico. Ressaltou também, a escolha do Papa Francisco em eleger 17 novos cardeais com menos de 80 anos, no mês de novembro e reforçou ter sido um momento de muita alegria.

Ao descrever os momentos difíceis do ano, Dom Odilo citou os atentados acontecidos, principalmente o ataque em Berlim ocorrido nos últimos dias e enfatizou: “A violência não é solução para a violência, se existem motivos ou problemas para se contestar contra a guerra, promover a violência para acabar com a guerra não é a solução, a paz não se conquista com iniciativa de violência”, comenta.

O arcebispo de São Paulo comentou também sobre ser um ano muito conturbado, dentro da política, economia e até mesmo nas questões sociais e morais, mas afirma não ter sido um ano negativo apesar das dificuldades. “Que a população tome consciência de que assim como está não se pode continuar, é preciso realmente fazer uma mudança de mentalidade, cultura e referenciais para a vida pública no Brasil, pois todos nós queremos um país melhor para o futuro”, observou o cardeal.

Ano Mariano

Sobre o Ano Mariano, Dom Odilo comentou que já estamos vivenciando o Ano Mariano Nacional, por iniciativa da CNBB.

O Ano Mariano marca os 300 anos em que os pescadores encontraram Nossa Senhora Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul. Em 2017 completam –se três séculos do achado da imagem e a Igreja está realizando o Ano Mariano para celebrar e fazer memória deste encontro. “O Ano Mariano Nacional também lembra o centenário de Nossa Senhora de Fátima, em 1917 que é a aparição de Nossa Senhora de Fátima. Esse ano começou em 12 de outubro de 2016 e vai até 12 de outubro de 2017, é um ano que teremos um carinho todo especial para Nossa Senhora, mãe de Jesus”, concluiu.

Para finalizar, Dom Odilo, distribuiu a imprensa sua mensagem de Natal e desejou a todos uma boa celebração do Natal sempre se atentando ao nascimento do Salvador da humanidade e do Senhor da sua Igreja.

Texto: Larissa Freitas