Dia Mundial da Saúde acontece com manifestação em São Paulo

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7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde
Publicado em: 12/04/2017 - 17:15
Créditos: Júlia Cabral/ Jornal O SÃO PAULO

Representantes de sindicatos e organizações sociais, como a União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central de Movimentos Populares (CMP), União das Lutas de Cortiço e Moradia (Ulcm), União de Movimentos Populares de Saúde (Umps) e Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) realizaram na sexta-feira, 7, na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, em São Paulo, um ato comemorativo e de manifestação pelo Dia Mundial da Saúde. A atividade teve a participação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo.


Durante o ato, houve especial crítica ao congelamento dos investimentos em saúde pelos próximos 20 anos, decorrentes da chamada PEC do Teto dos Gastos Públicos, em vigor desde dezembro de 2016. Os participantes também enfatizaram que apesar de recorrentes problemas, o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista do povo brasileiro, garantido pela Constituição Federal, e que não pode acabar ou ser enfraquecido.


“O SUS é para todos; e para todos com qualidade. O nosso Deus diz, ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundancia’. E não é isso que nós estamos recebendo. Então, nós da Pastoral da Saúde, vinculados ao amor a Deus e ao próximo, viemos aqui, apoiar esses meios para que todos tenham conhecimento do que é sistema de saúde”, expressou Paulo Moura da Silva, coordenador da Pastoral da Saúde na Região Santana, em uma das falas durante o ato. Ele disse ainda que a Pastoral realiza constantemente formações para que seus integrantes entendam o funcionamento do SUS e o direito da população a saúde pública de qualidade.


Luiz José de Sousa, integrante da coordenação da União dos Movimentos Populares de Saúde de São Paulo e do Conselho Municipal de Saúde, relatou ao O SÃO PAULO as principais demandas em pauta. “Fazemos reivindicações pelas unidades básicas, por melhorias nos atendimentos, por medicamentos, por mais médicos. Nossa luta é constante, para minimizar os danos a quem tem necessidade”. Ele também criticou que o poder público repasse a entidades a gestão da saúde pública, por entender que isso limita que o controle da população sobre como os investimentos em saúde estão sendo feitos.